Pesquisar

terça-feira, 14 de maio de 2013


A Bíblia está cheia de erros, falhas, contradições...


Muitos gostam de enfatizar discussões sobre hipotéticos erros da bíblia. 

Pois bem, a estas pessoas cujas vidas são uma constante indagação, fizemos o favor de relacionar quais os erros que elas tanto procuram.


VEJAM OS ERROS QUE SE ENCONTRAM NA BÍBLIA:

A Bíblia está CHEIA de erros

- o primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
- o segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo;
- e assim erros e mais erros ainda estão a ser cometidos...
- porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.

A Bíblia está CHEIA de contradições

- Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
- Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
- Ela contradiz o seu pecado e o meu.

A Bíblia está CHEIA de falhas

- porque Ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes ;
- assim foi com a falha de Adão;
- com a falha de Caim;
- e a de Moisés;
- bem como a falha de David e a de muitos outros que também falharam.
- Mas Ela é também o relato do amor infalível de Deus.

Deus NÃO ESCREVEU a Bíblia

- para pessoas que querem brincar com as palavras;
- para aqueles que gostam de examinar o que é bom, mas sem praticá-lo;
-para o homem que não acredita porque não quer.

O homem moderno REJEITOU os ensinamentos da Bíblia

- pelas mesmas razões que outros homens os têm rejeitado ao longo da história;
- por grande ignorância relativamente à sua verdadeira mensagem e conteúdo;
- por intransigente apatia em recusar considerar as suas declarações;
- por causa de bem conhecidos pseudo cientistas que se armam em críticos honestos;
- por convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.

Somente uma pessoa PRECONCEITUOSA acreditaria que: 

- os ensinamentos bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito;
- a Bíblia está cheia de discrepâncias e afirmações inaceitáveis;
- Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.

A Bíblia é, afinal, somente mais um LIVRO RELIGIOSO 

- para milhares que não se arriscam a ser honestos consigo mesmos e com Deus;
- para os que têm medo de aceitar o desafio do próprio Deus para fazerem um exame honesto;
- para os que não querem examiná-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.

E o leitor não pode ENTENDER ou CONFIAR no que a Bíblia diz 

- a menos que esteja disposto a considerar as evidências e encarar face a face o seu AUTOR!

Devemos ser tolerantes?

Por: Mark Driscoll
“Mas tenho contra ti que toleras. . . “-Jesus Cristo, em Apocalipse 2:20
Vivemos em uma cultura que ama a tolerância. Estamos informados de que devemos valorizar igualmente a todos e aceitar todos os estilos de vida. Naturalmente que isso não se aplica para aqueles que são considerados “intolerantes”. Você não será incentivado a tolerar os “intolerantes”.
E muitas vezes, como cristãos, porque acreditamos que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus e fonte de toda verdade moral, quando pregamos a Bíblia fielmente, somos considerados “intolerantes”, que é o “pecado” supremo da cultura de hoje em dia.
Como pessoas que amam a Jesus e amam o próximo, a pergunta é: Como podemos pregar fielmente Jesus e a Bíblia em uma cultura que valoriza mais a tolerância do que a verdade? Como Igreja, podemos e devemos ser tolerantes?
A resposta curta é sim. Mas, como com qualquer coisa, a questão é mais complicada que um simples sim.
Então vamos falar sobre a tolerância cristã: O que é isso? O que não é?

1. Os cristãos devem praticar a tolerância legal na sociedade.
Devemos ter tolerância legal de outras visões, outras religiões, ideologias e outras outras perspectivas? Sim.
Como cristãos, devemos apoiar os direitos legais das pessoas. Muçulmanos, as Testemunhas de Jeová, os Mórmons, budistas, bahá’ís, ateus, agnósticos, etc.. – eles são bem-vindos em suas crenças. Nós não concordamos com seus pontos, mas seremos tolerantes.
O cristianismo não é uma religião que deve ser imposta a ninguém. É sobre amar a Jesus, e você não pode simplesmente fazer uma lei para fazer isso. Isso não funciona assim. Para amar a Jesus, seu coração tem que mudar.
Então, ao invés de impor a fé cristã a uma pessoa, propomos a tolerância a todos.

2. Os cristãos devem praticar a tolerância social na Comunidade
Se você tem um membro da família, um amigo, um colega de trabalho ou um vizinho que não concorda com você sobre a fé cristã, você deve tolerá-los socialmente e individualmente? Totalmente.
Jesus nos diz para amar o nosso próximo. Ele não diz “concorde com eles”. Como tal, devemos amar, servir, ser bons amigos, e ser bons vizinhos com pessoas de outras crenças, ideologias, religiões e perspectivas.
Isso não significa que não vamos compartilhar nossas crenças e propor o cristianismo a eles, mas isso não significa que se eles optarem por não acreditar no que acreditamos, devemos desprezá-los ou terminar qualquer amizade com eles. Vamos amá-los com a esperança de que Jesus vai conquistar seus corações para Ele.

3. Os cristãos devem praticar a tolerância Teológica na Igreja
Antes de soprar seu apito me chamando de herege, eu estou falando aqui sobre a tolerância teológica dentro dos limites da ortodoxia.
Por exemplo, a Mars Hill Church (igreja onde Mark Driscoll é pastor) há alguns que acreditam no arrebatamento e alguns que não acreditam, alguns que falam em línguas e alguns que não falam. Existem todos os tipos de questões secundárias que toleramos como comunidade. Falamos sobre esses temas, mas nós não vamos declarar guerra por causa desses pontos. São distinções, não divisões.
É também por isso temos parcerias com igrejas que discordam de nós em certas questões secundárias. Por exemplo, a nossa Igreja tem pastores homens, mas nós trabalhamos com as igrejas que têm mulheres pastoras. Por quê? Porque realmente amam Jesus, crêem na Bíblia, são nossa família, e nós vamos estar com eles no reino de Deus. Então, em trabalhos de evangelismo, temos parceria com esses irmãos e irmãs, para que outras pessoas possam conhecer Jesus. Nós também amorosamente temos discussões sobre algumas das coisas que discordamos. Mas isso não é guerra. Isso é apenas o diálogo entre os irmãos e irmãs, como em toda família há brigas, mas não tiroteios.

4. Os cristãos não devem ter tolerância Herética na Igreja
Na igreja, há certas crenças que são as fronteiras absolutas e outras que são fronteiras relativas. A Bíblia é a Palavra de Deus. Há um só Deus em três pessoas. Jesus é o Filho de Deus. Jesus viveu sem pecado, morreu na cruz em nosso lugar, e levantou-se como nosso Salvador. A Bíblia é a Palavra de Deus. Essas são as fronteiras absolutas.
Então, há limites relativos. Batista, Luterana, Presbiteriana, Assembléia de Deus, Quadrangular, reformada, arminiana, etc? Fronteiras relativas. Devemos dar bem além das fronteiras relativas, mas temos de proteger as fronteiras absolutas.
Então, se alguém ensina heresia, cruza uma fronteira absoluta, enquanto se reivindica ser um cristão, nós dizemos: “Não, nós não toleramos isso.”

5. Os cristãos não devem ter tolerância imoral na Igreja
Nós devemos, como igreja, tolerar imoralidade daqueles que são cristãos professos? Não.
Para ser claro, eu não estou falando de não-cristãos. Os problemas e as divisões na Igreja não são por causa de não-cristãos, mas sim por causa daqueles que dizem que são cristãos, mas vivem como incrédulos
O cristianismo começa com a tolerância e caminha para o arrependimento. Isso siginifica que, não importa quem você é, onde você está, e o que você fez, você pode vir a Jesus como você é. Mas, o cristianismo é também sobre a mudança. Jesus vai mudar você quando você segui-lo de verdade.
Assim, enquanto damos as boas vindas todas as pessoas, se confessar a Cristo, também esperamos que eles mudem-assim como nós mudamos e continuamos mudando com a graça de Deus.

terça-feira, 12 de março de 2013

Joseph Pipa Jr. – Lidando com a Concupiscência

pipa-concupiscencia
Elas estão tão perto de nós quanto nossa própria pele, a tríade de concupiscências descritas pelo apóstolo João: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida (1 João 2:16). Estes excessivos e proibidos desejos do pecador são a fonte do pecado, como Tiago nos aponta ao ensinar que Deus não nos tenta a pecar, “Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência;  então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1:14-15 – AA). O homem natural é cativo de suas próprias concupiscências (Romanos 3:10-18), mas em nossa conversão, por causa de nossa união com Cristo, somos libertos do domínio das concupiscências: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Romanos 6:12-14 – AA). Deus, contudo, em sua inescrutável sabedoria, determinou deixar dentro de seus filhos e filhas convertidos, um remanescente de pecado; e esse remanescente reside nas concupiscências. Por isso, o mesmo apóstolo que anunciou que estamos mortos para o domínio do pecado, registrou suas lutas: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:18-19). Estamos todos bem cientes da luta contra os assediantes pecados de nossas concupiscências. Eles vêm em diversas vestimentas diferentes, incluindo materialismo, poder e orgulho. Mas aqui eu irei focar no problema da concupiscência sexual. Todos nós reconhecemos que o pecado sexual é uma epidemia na igreja de hoje. Mal passa uma semana sem que saibamos de outro líder eclesiástico que foi exposto em adultério, fornicação, homossexualidade ou pornografia. As tentações sexuais estão em todo lugar; somos bombardeados com tentações sexuais via vestuário (ou a falta dele), televisão, outdoors, canções, linguagem sugestiva e convites no Facebook. Tome, por exemplo, a pornografia. Uma pessoa não tem mais que entrar numa loja e comprar material pornográfico — ela está tão próxima quanto a privacidade da tela do seu computador, e é poderosamente viciante. Mas nós temos que sucumbir? A resposta, como observado acima, é não. Nós não estamos sob o domínio do pecado. Contudo, precisamos tomar precauções diárias. Fundamentalmente, nossas famílias e igrejas precisam nutrir uma cultura de castidade, enfatizando a pureza sexual no pensamento, no vestuário, na linguagem e no comportamento. Tal cultura começa com pais em casa e líderes (pastores e outros líderes com suas esposas) na congregação. Devemos cuidadosamente usar os meios da graça — adoração pública, pregação, oração, sacramentos, jejum, e culto privado e familiar. Acima de tudo, devemos nos agarrar a Cristo. Também precisamos desenvolver hábitos que nos ajudarão a guardar o coração. No livreto Impure Lust (Concupiscência Impura), John Flavel deu sete instruções para lidar com a concupiscência:


1. Peça a Deus um coração limpo, renovado e santificado pela graça salvadora.

Nós devemos sempre começar com o coração, pois ele é a fonte de tudo o mais (Mateus 15:19), e Deus promete responder as nossas orações conforme oramos de acordo com sua vontade (João 14:13-14). Devemos buscar o poder santificador do Espírito Santo.


2. Caminhe no temor de Deus o dia inteiro, e com a sensação de que seus olhos oniscientes estão sempre sobre você.

Com quê frequência nosso comportamento é ditado por quem está observado. Nós esquecemos de que ele vê tudo.


3. Evite companhias lascivas, e a sociedade de pessoas impuras; eles são alcoviteiros da concupiscência.

Más companhias corrompem bons costumes. Lembre-se de que esta instrução não apenas inclui nossos contatos pessoais, mas aqueles que encontramos em filmes, música, livros, revistas e computadores.


4. Exercite-se em seu chamado diligentemente; será um excelente meio de prevenir tal pecado.

Você já ouviu o ditado: “Cabeça vazia é oficina do Diabo.”


5. Restrinja seu apetite: não se alimente em excesso.

Esta instrução não significa que não possamos desfrutar dos bons presentes de Deus que são a comida e a bebida e do prazer de festejar com amigos, mas é um sóbrio lembrete de que se exageramos em nossos apetites físicos em uma área, seremos mais inclinados a cair em outras áreas.


6. Escolha um cônjuge e se deleite naquele que você escolheu.

Um dos discernimentos libertadores da Reforma é que dentro do casamento, o sexo é para o prazer e é uma proteção dada por Deus contra desejos ilícitos.


7. Tome cuidado para não entrar em um caminho de pecado, especialmente a superstição e a idolatria; em cujos casos, e como uma punição de cujos males Deus frequentemente entrega os homens a tais vis afeições (Romanos 1:25-26).

Pecado inevitavelmente gera pecado.
Dessas maneiras, a igreja pode guardar seu povo. Pratique e ensine estas coisas.


Por Joseph Pipa Jr. Extraído do site ligonier.org. © 2013 Ligonier Ministries. Original: Dealing with Lust.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O que é Simonia ?


Simonia é a venda de favores divinos, bençãos, cargos eclesiásticos, prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, objetos ungidos, etc. em troca de dinheiro. É o ato de pagar por sacramentos e consequentemente por cargos eclesiásticos ou posições na hierarquia da igreja. A etimologia da palavra provém de Simão Mago, personagem referido nos Atos dos Apóstolos (8, 18-19), que procurou comprar de São Pedro o poder de transmitir pela imposição das mãos o Espírito Santo ou de efetuar milagres.

A prática da simonia no final da Idade Média provocou sérios problemas à postura moral da Igreja. O poeta Dante Alighieri condena os simonistas ao oitavo círculo do inferno, onde encontra o Papa Nicolau IIIenterrado de cabeça para baixo, com as solas dos pés em chama. O exemplo de Nicolau III serve como aviso e previsão aos Papas Bonifácio VIII, o Papa contemporâneo à "Divina Comédia", e Clemente V, seu sucessor, pela prática de tal pecado. Escritores menos devotos, como Maquiavel e Erasmo de Roterdã, também condenaram a simonia séculos mais tarde.
A prática de simonia foi uma das razões que levaram Martinho Lutero a escrever as suas "95 Teses" e a rebelar-se contra a autoridade de Roma. Hoje a doutrina católica, pune com excomunhão latae sentientae, ou seja, automaticamente, a todo e qualquer ato de simonia, que alguns de seus membros vierem a praticar.
Igreja da Inglaterra também viu-se envolvida com a prática de simonia após ter-se separado da Igreja Católica. Atualmente a prática da simonia é muito frequente nos meios Pentecostais e principalmente nos neo-Pentecostais através da propagação da Teologia da Prosperidade. O Direito Canônico também estipula como simonia atos que não envolvem a compra de cargos, mas a transação de autoridade espiritual, como dinheiro para confissões ou a venda de absolvições. 

Fonte: Wikipedia 




sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Evangelho x Religião



Quão triste e doloroso é ver um homem liberto por Jesus, 
das mãos de satanás, pelo sangue da reconciliação, se tornar outra 
vez um prisioneiro... Percebemos hoje um jugo desigual que os falsos lideres tem 
posto sobre aqueles que querem seguir a Cristo. Um jugo no qual o Senhor nunca colocou: '' Disse Jesus: Vinde a mim, vós cansados...Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.'' Mt 11:28
Volto a dizer: Quão triste e doloroso é ver um homem liberto por Jesus se tornar outra vez um prisioneiro por correntes religiosas. O Evangelho é oposto a todo tipo de religião que eu já possa ter estudado.

Exemplificando:

* Religião - O homem indo a Deus
* Evangelho - Deus vindo ao homem

* Religião - o homem salvo pelos seus méritos
* Evangelho - o homem salvo pelos méritos de Cristo

* Religião - Uma mudança superficial
* Evangelho - Uma nova criatura

Dentre outras milhares de comparações que eu poderia fazer. Lembro me sempre do que disse o Senhor ''O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento.'' (Oséias 4:6) Nessa hora que entra a nossa responsabilidade para com o Evangelho não podemos ser pessoas omissas. O Pastor americano Paul Washer pregou algo em seus sermos que chamou minha atenção. Ele disse: '' Se minha esposa tivesse ido ao mercado e quando ela saísse alguns homens a tivesse violentado e você vendo toda aquela cena simplesmente ficou parado olhando e não a ajudou de nenhuma forma... Eu te digo uma coisa eu iria atrás daqueles homens e os perseguiria pra onde é que eles fossem. Mais uma coisa eu também te digo: eu também iria atras de você . Porque você viu minha esposa sendo violentada e foi omisso, neutro, nulo....'' Assim irmãos também somos nós para com a noiva de Cristo.

Voltemos para o Evangelho puro e simples.

Segue hino abaixo para reflexão:




Carlos Prado

domingo, 5 de agosto de 2012

Thiago ensinou unção com óleo?

.
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.”(Tg 5.14).

Nos tempos antigos, o azeite de oliva era usado com frequência na medicina (Marcos 6.13; Lucas 10.34). Isaías lamentava a situação do povo de Deus que ele descreveu empregando a figura de uma pessoa machucada cujas feridas não foram “amolecidas com óleo” (1.6).

Tiago não tinha em mente mágica nenhuma, quando mencionou o uso do óleo. Muito menos se estava referindo ao sacramento católico de extrema-unção ou a práticas de alguns evangélicos. Tiago não escreveu sobre nenhum tipo de unção cerimonial. A palavra grega “ungir” (aleípho), empregada por Tiago, não indica unção cerimonial. A palavra comumente usada para cerimonial era “chrio”(cognata de christós, “ungido”- Cristo, o “Ungido”). A palavra “aleípho” era usada para descrever a aplicação pessoal de unguentos, loções e perfumes que em geral tinham uma base de óleo – o termo relaciona-se com lipos, “gordura”. Era empregado significando até argamassa para paredes. O vocábulo cognato exaleípho intensifica o conceito de esfregar ou aplicar óleo e dá a idéia de untar, apagar, enxugar, raspar, etc.  Aleíptes era o “treinador” que massageava os atletas numa escola de ginástica. Em português: alipta. O termo aleípho ocorria muitas vezes nos tratados de medicina. Assim é que vem à tona que o que Tiago pretendia com o uso do óleo era o emprego dos melhores recursos médicos daquele tempo. Tiago simplesmente disse que se aplicasse óleo (frequentemente usado como base de misturas de várias ervas medicinais) no corpo e que se fizesse oração.

O que o escritor bíblico defendia era o emprego da medicina aceita e consagrada. Nessa passagem ele apregoou que as doenças fossem tratadas com recursos médicos acompanhados de oração. Ambos os elementos devem ser usados juntos; nenhum deles deve excluir o outro. Portanto, ao invés de ensinar a cura pela fé, independente do uso de medicamentos, a passagem ensina justamente o contrário. Mas quando se usam medicamentos, estes devem ser usados conjuntamente com a oração. Aí está a razão por que Tiago disse que a oração da fé cura o doente. Os líderes (Presbíteros – ou pastores) da igreja deveriam tomar providência, talvez por estes feridos estarem envolvidos na obra da igreja.

O fato de Deus poder curar e algumas vezes mesmo sem o emprego de meios, não nos deve pensar que recorrer à medicina é desonrá-lO. O  não-crente usa a medicina sem oração; o crente pode usar a oração com a medicina, contudo ambos, afinal, dependerão de Deus.


Por: Rev. Ronaldo P Mendes

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Você é um Bereano ?




Algumas pessoas perguntam o porque da escolha do nome Bereanos e/ou qual o seu significado?


Para responder a estas constantes perguntas, segue abaixo uma breve explicação.
Depois de ter lido alguns dos relatos bíblicos sobre as viagens missionárias do apostolo Paulo no livro de Atos, nossa atenção foi despertada para a viagem de Paulo a cidade chamada Beréia. Nesta cidade Paulo conheceu um grupo especial de pessoas, que fizeram por merecer a admiração e o elogio do grande apostolo.
    
     Diz o texto:

E logo, durante a noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; ali chegados, dirigiram-se à sinagoga dos judeus. 11 Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim. 12 Com isso, muitos deles creram, mulheres gregas de alta posição e não poucos homens. 13 Mas, logo que os judeus de Tessalônica souberam que a palavra de Deus era anunciada por Paulo também em Beréia, foram lá excitar e perturbar o povo. 14 Então, os irmãos promoveram, sem detença, a partida de Paulo para os lados do mar. Porém Silas e Timóteo continuaram ali”.   Atos 17:10-14.
Analisando o relato, entendemos que havia uma nobreza maior nos Bereanos, porque buscavam a verdade dos fatos a luz dos escritos sagrados de sua época. Parte do povo de Beréia, os Bereanos, faziam uma análise maior de tudo o que lhes era dito como verdade, tendo as Escrituras Sagradas de sua época como fonte das verdades essências a salvação e como base de comparação “para ver se as coisas que eram ditas, eram de fato, verdades, de acordo com as escrituras.”.
Esta atitude Bereana não condiz com o procedimento da maioria dos cristãos, já que, a maior parte dos cristãos nominais, vem aceitando tudo o que se diz como verdade em suas congregações e/ou denominações, sem se preocuparem se o que esta sendo dito ou se o que foi dito, é de fato uma verdade. Infelizmente a maior parte dos cristãos não examinam e não buscam os fundamentos das supostas verdades que lhes são transmitidas e pioraram a situação, ignorando completamente o conselho do apostolo Paulo que diz a todo cristão em particular. ''Julgai todas as coisas, retende o que é bom;'' ( 1 Ts 5:21 ) Ninguém pode fazer qualquer tipo de julgamento sem analisar, sem refletir, sem pensar e sem antes buscar toda verdade sobre o caso em juízo. Tem pessoas que gostam de ler a bíblia, outras a examinam. ''Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.'' ( João 5:39 ) É triste perceber que a maioria dos cristãos nominais e denominacionais não pensam por si mesmos, não analisam nada, não buscam a verdade dos fatos, simplesmente acatam o pensamento dos lideres ou pastores de suas denominações, tornando-se escravos do pensamento alheio e da vontade dos homens. Analisando o relato bíblico sobre os Bereanos e comparando-o com nossa própria experiência, decidimos adotar e utilizar este nome “BEREANOS”. O nome é apenas um título provisório, que representa nosso espírito de investigação da verdade. Decidimos adotar provisóriamente este nome, até que, o próprio Cristo nos de um novo nome conforme a promessa descrita no livro da Revelação. (Ver Apoc. 2:17 e 3:12). BEREANOS é um nome que se ajusta muito bem às experiências vividas por vários cristãos contemporâneos e que á exemplo dos literais Bereanos apostólicos, tem ouvido muitas coisas ditas supostamente como verdades, mas, só aceitando-as depois de muito bem analisadas e averiguadas, pois, se comparadas com as Escrituras, muitas destas supostas verdades são como palhas lançadas ao vento.
Graças a Deus, muitas pessoas são libertadas e protegidas dos enganos e das mentiras de satanás, quando costumam imitar o exemplo dos Bereanos. E se não fosse por Deus e pela atitude de muitos Bereanos, o mundo todo estaria ainda preso ao pai da mentira. No livro “Atos dos Apóstolos”, pág. 232, escrito por E.G.White, encontramos algumas citações interessantes a cerca dos Bereanos. Capítulo III: O Cristianismo Vai aos Confins da Terra - Beréia e Atenas.
A mente dos bereanos não se achava limitada pelo preconceito. Estavam dispostos a pesquisar a veracidade das doutrinas pregadas pelos apóstolos. Estudavam a Bíblia, não por curiosidade, mas para que pudessem aprender o que havia sido escrito a respeito do Messias prometido. Diariamente examinavam os relatos inspirados; e ao compararem texto com texto, anjos celestiais se colocavam ao lado deles, iluminando-lhes a mente e impressionando-lhes o coração.
Onde quer que as verdades do evangelho sejam proclamadas, os que honestamente desejam proceder com retidão serão levados a exame diligente das Escrituras. Se nas cenas finais da história da Terra, aqueles a quem são proclamadas verdades decisivas seguissem o exemplo dos bereanos, examinando diariamente as Escrituras, e comparando com a Palavra de Deus as mensagens a eles levadas, haveria hoje em dia grande número de pessoas leais aos preceitos da lei de Deus, onde agora existem relativamente poucos. Mas quando são apresentadas verdades bíblicas impopulares, muitos se recusam a pesquisá-las.
Embora incapazes de refutar os claros ensinos da Escritura, manifestam extrema relutância em estudar as evidências oferecidas. Alguns presumem que mesmo sendo essas doutrinas verdades incontestes, pouco importa aceitarem ou não a nova luz; e apegam-se a fábulas agradáveis usadas pelo inimigo para desviar as almas. Assim são suas mentes cegadas pelo erro, e eles ficam separados do Céu. “Atos dos Apóstolos”, pg. 232.
Segue abaixo mais algumas citações extraídas de outras obras, que nos fizeram optar pelo nome Bereanos. Grandes homens e mulheres, bem como pessoas professamente boas, podem realizar terríveis atos em seu preconceito e posição de exaltação própria, lisonjeando-se por estarem prestando um serviço a Deus. De nada resolve confiar neles. A verdade, a verdade bíblica, é o que vocês e eu queremos a todo custo. Como os nobres bereanos, desejamos esquadrinhar as Escrituras diariamente com fervorosa oração, para saber o que é a verdade e depois obedecer-lhe a qualquer custo, sem referência a pessoas superiores ou boas. Se a verdade está na Bíblia, podemos encontrá-la ali, assim como os grandes e bons da Terra. Minha prece é que Deus nos ajude a ser sábios para a salvação. Carta 35b, 1877. MM 2002 pg. 77. Quando surgem erros e são ensinados como verdade bíblica, os que têm ligação com Cristo não confiarão no que diz o pastor, mas, à semelhança dos nobres bereanos, examinarão as Escrituras todos os dias para ver se essas coisas são de fato assim. Quando eles descobrem qual é a recomendação do Senhor, colocam-se ao lado da verdade. Ouvem a voz do verdadeiro Pastor dizendo: "Este é o caminho; andai nele”. Isa. 30:21.
Assim sereis ensinados a fazer da Bíblia o vosso conselheiro, e não ouvireis nem seguireis a voz do estranho. Têm ocorrido apostasias e o Senhor tem permitido que questões dessa natureza se desenvolvessem no passado a fim de mostrar quão facilmente Seu povo será desviado se confiarem nas palavras de homens em vez de examinarem por si mesmos as Escrituras, como fizeram os nobres bereanos, para ver se estas coisas são assim. E o Senhor tem permitido coisas dessa espécie ocorrerem para que sejam dadas advertências de que elas terão lugar. Fé e Obras, pg. 86.
Estas são algumas das muitas razões que nos fizeram adotar o nome Bereanos da qual muito nos sentimos felizes ao sermos comparados e ao nos comparar com os mesmos.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Você é uma boa esposa ?

Forjada, não encontrada

“Uma mulher excelente, quem a pode achar? Ela é muito mais preciosa do que jóias.”
(Provérbios 31.10)

Eu frequentemente penso que meu marido não encontrou uma esposa excelente. Quando ele me diz que ultimamente tenho falhado com ele, exagerando nas minhas reações e entrando desnecessariamente em crise, eu me sinto desencorajada com minha falta de excelência. Minha impaciência e desrespeito o têm envergonhado em várias situações. Meu coração prático e direcionado para a performance tenta se consertar fazendo uma lista: Uma esposa excelente cozinha com comida orgânica (não com gorduras saturadas), costura suas próprias roupas (ou pelo menos passa as camisas do marido!), fala apenas palavras transbordantes de graça (e não com sarcasmo) e lê sua Bíblia por horas a fio (tudo bem, minutos?!). Essa lista traz mais condenação; evidência concreta de que eu não posso ser uma esposa excelente por minhas próprias forças.

FORJADA,  NÃO ENCONTRADA

Embora todos essas coisas possam ser sinais de excelência, elas definitivamente não são exigências. Indo para as Escrituras para ser confortada e convencida, eu sou lembrada: Uma excelente esposa é forjada, não encontrada. Nenhum homem sai para encontrar e casar com uma mulher que é uma pura perfeição de esposa. Na verdade, nenhum homem ainda sabe o que é isso!
“É o caráter de Deus, e não o de nossos maridos, que pode ser plena e firmemente confiado. Nossa identidade central deve estar ancorada somente em Cristo.”
Uma mulher piedosa se torna uma esposa excelente à medida que entende que é feita à imagem de Deus, re-feita à imagem de Cristo, e formada ao longo de uma vida de arrependimento e redenção. A excelência não é medida por uma lista de tarefas; é manifestada na vida de uma esposa que conhece a Jesus intimamente.

TRAZENDO VERGONHA

“Uma esposa excelente é a coroa de seu marido, mas aquela que traz vergonha é como podridão nos seus ossos.” (Provérbios 12.4)

Quando eu humildemente e honestamente penso nas vezes em que eu trago vergonha ao meu marido, a sua destruição me traz à realidade. Se eu trago podridão aos ossos dele, então os meus já estão se desintegrando em falta de fé e amargura. Nós trazemos vergonha como esposas quando nós:
1. Nos focamos no pecado do nosso marido;
2. Pensamos que nosso jeito é o melhor, priorizando a nós mesmas sobre ele;
3. Falamos duramente a ele ou pejorativamente sobre ele com outra pessoa;
4. Negamos benção, oração, sexo ou algum tipo de encorajamento em uma tentativa de punir, manipular, ou “passar uma mensagem”;
A esposa que traz vergonha ao seu marido é a filha que não conhece e confia verdadeiramente no seu Pai Celestial.
Se a identidade da esposa está centrada ao redor do seu homem, ela com certeza lhe dará vergonha quando ele lhe desapontar – o que ele inevitavelmente fará. É o caráter de Deus, e não o de nossos maridos, que pode ser completamente e firmemente confiado. Nossa identidade central deve estar ancorada em Cristo apenas.

FEITA PRECIOSA POR JESUS

Nós somos feitas preciosas por Jesus. Essa transformação do coração é a base para qualquer preciosidade que nosso marido experimente em nós. Não é o que nós fazemos, mas o que nosso precioso Salvador fez por nós que graciosamente nos dá o poder para sermos esposas excelentes. Não temos esperança em nós mesmas.
“A excelência não é medida por uma lista de tarefas; ela é manifesta na vida de uma esposa que conhece Jesus intimamente.”
Uma esposa piedosa entende que ela não é nada fora da graça salvadora de Jesus Cristo e que ela não tem excelência fora dEle. A graça e o amor de Cristo são preciosos para ela. Impulsionada por Suas riquezas, ela se tornará uma gloriosa coroa para seu marido, ajudando, nutrindo e amando-o através das profundezas da justiça de Cristo nela.
É necessária uma cerimônia de 10 minutos para se tornar uma esposa. É necessária toda uma vida para se tornar uma esposa excelente – uma que entenda que o sangue de Cristo derramado na cruz é necessário para que ofereçamos excelências a nossos maridos.
Por: Jen Smidt | © 2012 Resurgence | theresurgence.com
Tradução: voltemosaoevangelho.com

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O que a Esquerda deveria Aprender com a Verdadeira Igreja


“As massas de homens que nunca são abandonadas pelos sentimentos religiosos 
então nada mais vêem senão o desvio das crenças estabelecidas. 
O institnto de outra vida as conduz sem dificuldades 
ao pé dos altares e entrega seus corações aos preceitos 
e às consolações da fé.”
Alexis de Tocqueville, “A Democracia na América” (1830), p. 220. 
Publicado originalmente no sensho via Pavablog
No Brasil, um novo confronto, na forma como dado e cada vez mais evidente e violento, será o mais inútil de todos: o do esclarecimento político contra o obscurantismo religioso, principalmente o evangélico, pentecostal ou, mais precisamente, o neopentecostal. Lamento informar, mas na briga entre os dois barbudos – Marx e Cristo – fatalmente perderemos: o Nazareno triunfa. Por uma razão muito simples, as igrejas são o maior e mais eficiente espaço brasileiro de socialização e de simulação democrática. Nenhum partido político, nenhum governo, nenhum sindicato, nenhuma ONG e nenhuma associação de classe ou defesa das minorias tem competência e habilidade para reproduzir o modelo vitorioso de participação popular que se instalou em cada uma das dezenas de milhares de pequenas igrejas evangélicas, pentencostais e neopentecostais no Brasil. Eles ganharão qualquer disputa: são competentes, diferentemente de nós.
Muitos se assustam com o poder que os evangélicos alcançaram: a posse do senador Marcello Crivela, também bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, no Ministério da Pesca e a autoridade da chamada “bancada evangélica” no Câmara dos Deputados são dois dos mais recentes exemplos. Quem se impressiona não reconhece o que isso representa para um a cada cinco brasileiros, o número dos que professam a fé evangélica ou pentecostal no Brasil. Segundo a análise feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a partir dos microdados da Pesquisa de Orçamento Familiar 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a soma de evangélicos pentecostais e outras denominações evangélicas alcança 20,23% da população brasileira. Outros indicadores sustentam que em 1890 eles representavam 1% da população nacional; em 1960, 4,02%.
O crescimento dos evangélicos não é um milagre, é resultado de um trabalho incansável de aproximação do povo que tem sido negligenciado por décadas pelas classes mais progressistas brasileiras. Enquanto a esquerda, ainda na oposição política, entre a abertura democrática pós-ditadura e a vitória do primeiro governo popular no Brasil, apenas esbravejava, pastores e missionários evangélicos percorreram cada canto do país, instalaram-se nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos, abriram suas portas para os rejeitados e ofereceram, em muitos momentos, não apenas o conforto espiritual, mas soluções materiais para as agruras do presente, por meio de uma rede comunitária de colaboração e apoio. O que teve fome e dificuldade, o desempregado, o doente, o sem-teto: todos eles, de alguma forma, encontraram conforto e solução por meio dos irmãos na fé. Enquanto isso, a esquerda tinha uma linda (e legítima) obsessão: “Fora ALCA!”.
________________________________________________O crescimento dos evangélicos não é um milagre,
é resultado de um trabalho incansável
de aproximação com o povo
Desde Lutero, a fé como um ato de resistência (Life of Martin Luther and and the Heros of Reformation, litografia, 1874)
O mapa da religiosidade no Brasil revela nossa incompetência social: os evangélicos e pentecostais são mais numerosos entre mulheres (22,11% delas; homens, 18,25%), pretos, pardos e indígenas (24,86%, 20,85% e 23,84%, respectivamente), entre os menos instruídos (sem instrução ou até três anos de escolaridade: 19,80%; entre quatro e sete anos de instrução: 20,89% e de oito a onze anos: 21,71%) e na região norte do país, onde 26,13% da população declara-se evangélica ou pentecostal. O Acre, esse Estado que muitos acham que não existe, blague infantilmente repetida até mesmo por esclarecidos militantes de esquerda, tem 36,64% de evangélicos e pentecostais. É o Estado mais evangélico do país. Simples: a igreja falou aos corações e mentes daqueles com os quais a esquerda nunca verdadeiramente se importou, a não ser em suas dialéticas discussões revolucionárias de gabinete, universidade e assembleia.
O projeto de poder evangélico não é fortuito. Ele não nasceu com o governo Dilma Rousseff. Ele não é resultado de um afrouxamento ideológico do PT e nem significa, supõe-se, adesão religiosa dos quadros partidários. Ele é fruto de uma condição evangélica do país e de uma sistemática ação pela conquista do poder por vias democráticas, capitalizada por uma rede de colaboração financeira de ofertas e dízimos. Só não parece legítimo a quem está do lado de fora da igreja, porque, para cada um dos evangélicos e pentecostais, estar no poder é um direito. Eles não chegaram ao Congresso Nacional e, mais recentemente, ao Poder Executivo nacional por meio de um golpe. Se, por um lado, é lamentável que o uso da máquina governamental pode produzir intolerância e mistificação, por outro, acostumemo-nos, a presença deles ali faz parte da democracia. As mesmas regras políticas que permitiram um operário, retirante nordestino e sindicalista chegar ao poder são as que garantem nas vitória e posse de figuras conhecidas das igrejas evangélicas a câmaras de vereadores, prefeituras, governos de Estado, assembleias legislativas e Congresso Nacional. O lema “un homme, une voix” (“um homem, uma voz”) do revolucionário socialista L.A. Blanqui (1805-1881), “O Encarcerado”, tem disso.
Afora a legitimidade política – o método democrático e a representação popular não nos deixam mentir – a esquerda não conhece os evangélicos. A esquerda não frequentou as igrejas, a não ser nos indefectíveis cultos preparados como palanques para nossos candidatos demonstrarem respeito e apreço pelas denominações evangélicas em época de campanha, em troca de apoio dos crentes e de algumas imagens para a TV. A esquerda nunca dialogou com os evangélicos, nunca lhes apresentou seus planos, nunca lhes explicou sequer o valor que o Estado Laico tem, inclusive como garantia que poderão continuar assim, evangélicos ou como queiram, até o fim dos tempos. E agora muitos militantes, indignados com a presença deles no poder, os rechaçam com violência, como se isso resolvesse o problema fundamental que representam.
________________________________________________A esquerda nunca dialogou com os evangélicos,
nunca lhes apresentou seus planos,
nunca lhes explicou sequer o valor do Estado Laico
George Whitefield (1714-1770) pregando nas colônias britânicas
Apenas quem foi evangélico sabe que a experiência da igreja não é puramente espiritual. E é nesse ponto que erramos como esquerda. A experiência da igreja envolve uma dimensão de resistência que é, de alguma forma, também política. O “não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito” (Paulo para os Romanos, capítulo 12, versículo 2) é uma palavra de ordem poderosa e, por que não, revolucionária, ainda que utilizada a partir de um ponto de vista conservador.
Em nenhuma organização política o homem comum terá protagonismo tão rápido quanto em uma igreja evangélica. O poder que se manifesta pela fé, a partir da suposta salvação da alma com o ato simples de “aceitar Jesus no coração como senhor e salvador”, segundo a expressão amplamente utilizada nos apelos de conversão, transforma o homem comum, que duas horas antes entrou pela porta da igreja imundo, em um irmão na fé, semelhante a todos os outros da congregação. Instantaneamente ele está apto a falar: dá-se o testemunho, relata-se a alegria e a emoção do resgate pago por Jesus na cruz. Entre os que estão sob Cristo, e são batizados por imersão, e recebem o ensino da palavra, e congregam da fé, não há diferenciação. Basta um pouco de tempo, ele pode se candidatar a obreiro. Com um pouco mais, torna-se elegível a presbítero, a diácono, a liderança do grupo de jovens ou de mulheres, a professor da escola dominical. Que outra organização social brasileira tem a flexibilidade de aceitação do outro e a capacidade de empoderamento tal qual se vêem nas pequenas e médias igrejas brasileiras, de Rio Branco, das cidades-satélite de Brasília, do Pará, de Salvador, de Carapicuíba, em São Paulo, ou Santa Cruz, no Rio de Janeiro? Nenhuma.
Se esqueçam dos megacultos paulistanos televisionados a partir da Av. João Dias, na Universal, ou da São João, do missionário R.R. Soares. Aquilo é Broadway. Estamos falando destas e outras denominações espalhadas em todo o território nacional, pequenas igrejas improvisadas em antigos comércios – as portas de enrolar revelam a velha vocação de uma loja, um supermercado, uma farmácia – reuniões de gente pobre com sua melhor roupa, pastores disponíveis ao diálogo, festas de aniversário e celebrações onde cada um leva seu prato para dividir com os irmãos.  A menina que tem talento para ensinar, ensina. O irmão que tem uma van, presta serviços para o grupo (e recebe por isso). A mulher que trabalha como faxineira durante a semana é a diva gospel no culto de domingo à noite: canta e leva seus iguais ao júbilo espiritual com os hinos. A bíblia, palavra de ninguém menos que Deus, é lida, discutida, debatida. Milhares e milhares de evangélicos em todo o país foram alfabetizados nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) para simplesmente “ler a palavra”, como dizem. Raríssimo o analfabeto que tenha sido fisgado pela vontade ler “O Capital”, infelizmente. As esquerdas menosprezaram a experiência gregária das igrejas e permaneceram, nos últimos 30 anos, encasteladas em seus debates áridos sobre uma revolução teórica que nunca alcançou o coração do homem comum. Os pastores grassaram.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Caminho Perfeito

                            

 

2 Samuel 22;31  ''O caminho de Deus é perfeito, e a palavra do SENHOR refinada;
e é o escudo de todos os que nele confiam.''

Gênesis 17;1  ''Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.''

Colossenses 3;14  ''E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da
perfeição.''

Mateus 5;48  ''Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.''




Pensai nisso.